As realidades da marginalização: as trajetórias de vida de crianças e jovens que vivem nas ruas do Rio de Janeiro
Transferências
Resumo
A presença visual de jovens movimentando-se e vivendo nas ruas do Rio
de Janeiro esconde histórias de vida complicadas. Este artigo baseado em extensa
entrevistas com mais de 60 crianças mostra como ir e estar na rua
é um processo marcado por muitas rupturas e perdas, instabilidade constante, falta de
cuidados da família e dos serviços sociais locais, indiferença e perigo constante.
Os autores concluem argumentando a importância de fornecer
apoio às comunidades de origem e às famílias destes jovens como
bem como a necessidade de ação adicional por parte do Estado e outros atores sociais para
reduzir a incidência de marginalização.
Este artigo baseia-se nas histórias de vida contadas por crianças e adolescentes encontradas no
ruas do Rio de Janeiro. Suas trajetórias estão ligadas ao atual momento histórico da globalização, que como coloca o geógrafo Milton Santos, é: “um momento de rápida
transformações, de transições e de uma reorganização político-espacial do mundo”. São os chamados meninos e meninas de rua, meninos de rua, niños de la calle, enfants de la rue… – termos comuns para um fenômeno que se tornou dolorosamente visível na América Latina desde os anos 1980. As trajetórias que apresentamos e discutimos aqui representam a vida de milhões de crianças e adolescentes no mundo. Suas trajetórias de vida são inevitáveis? Essa pergunta guiará nossa análise.
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